Os estilistas geralmente contam: "Eu tinha boneca, ficava fazendo roupas para elas"; "sempre gostei de desenhar vestidos"; "minha mãe mexia com panos e costurava". Mas Jum Nakao não viveu nada disso. Quando optou pelo colegial técnico, na Escola Técnica Industrial Lauro Gomes, achava que a eletrônica e a informática que estavam surgindo seriam uma grande interface para criar e recriar projetos.
Sua formação se iniciou em 1984 através do CIT (Coordenação Industrial Têxtil) onde teve os primeiros contatos com profissionais da área, entre eles as professoras Vera Lígia P. Gilbert e Marie Ruckie. Em 1988 cursou licenciatura em Artes Plásticas na Faculdade Armando Álvares Penteado e em 1989 fez extensão universitária em História da Vestimenta no Instituto de Museologia de São Paulo e História da Moda com a Professora Serafina Borges do Amaral no SENAC. Em 1996 foi considerado a grande revelação da 6ª Edição do Phytoervas Fashion e passou a ocupar o cargo de Diretor de Estilo de uma das maiores empresas de moda do Brasil (a ZOOMP), onde permaneceu por seis anos. Foi convidado pela Du Pont em 2002 para ser o estilista e parceiro no Projeto Internacional Hotel Lycra. Em 2003, um trabalho de moda fez parte de uma Mostra de Arte e Fotografia, onde um espaço de honra é destinado para uma instalação que narra o processo de uma de suas coleções (Tributo a Brothers Quay). Em 2004 Jum Nakao assina contrato como diretor Criativo de uma das mais tradicionais empresas de moda feminina: VIVAVIDA. Pela primeira vez na história, neste mesmo ano a NIKE, estabelece mundialmente um contrato com um designer para uma linha Premium: JUM NAKAO for NIKE. Em junho de 2004, no São Paulo Fashion Week, ao final do desfile, modelos rasgaram roupas feitas de papel vegetal confeccionadas em mais de 700 horas de trabalho. Em 2005, Jum lança no calendário geral do SPFW, o livro e documentário A Costura do invisível. Depois disso teve muitas outras aparições. Hoje Jum Nakao faz muito sucesso e como dizem Jum Nakao costura o imprevisível.
Esse foi um desfile que Jum fez em 2004. É uma coleção feitas de papel! Se você ficou impressionado, prepare-se para o melhor!
No final do desfile Jum Nakao mandou as modelos rasgarem as roupas sem ninguem saber. Mas ele deu sua explicação "Tinha de fazer algo para expor a minha indignação sobre valores. O papel é o lugar do esbouço, parte do processo criativo, é matéria efêmera, rasga, amarela, e sensível à ação do tempo. Em uma folha de papel, podemos ter palavras que transformam a vida e, ao mesmo tempo, uma folha em branco está pronta para ser preenchida de significados".
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